Leonor Inguane, Comandante da PRM em Marracuene, foi alvejada no interior da viatura na Matola Gare; sem pistas dos assassinos
Maputo - Moçambique foi abalado na noite desta quinta-feira, 24 de outubro, pelo assassinato brutal de Leonor Inguane, Superintendente da Polícia da República de Moçambique (PRM) e Comandante Distrital em Marracuene, província de Maputo.
Crime na Estrada Circular
O assassinato ocorreu por volta das 19h00 na Estrada Circular de Maputo, no bairro da Matola Gare, município da Matola, quando indivíduos ainda não identificados, que se faziam transportar numa viatura Toyota Hilux, alvejaram mortalmente a comandante no interior da sua viatura Mahindra vermelha.
Segundo testemunhas, os criminosos não deram sequer a oportunidade de a comandante abandonar a viatura. Leonor Inguane foi atingida e perdeu a vida no local, sem possibilidade de socorro.
Quinta Vítima Policial em 2025
Com o assassinato da Superintendente Leonor Inguane, sobe para cinco o número de agentes da Polícia baleados mortalmente em 2025 por desconhecidos e por razões ainda por apurar.
Cronologia dos Assassinatos de Polícias em 2025
Julho:
-
2 de julho: Dois agentes da PRM assassinados com 54 tiros no bairro Infulene, Matola
- Inspetor principal da PRM
- Agente de investigação do SERNIC
- Mulher de 78 anos também ferida por balas perdidas
-
4 de julho: Quatro pessoas mortas em troca de tiros durante operação policial na Matola
Junho:
- Agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) morto com cerca de 50 tiros no bairro Nkobe, Matola
- Chefe de Repartição de Reconhecimento assassinado no bairro Nkobe
Setembro:
- 9 de setembro: Sargento principal alvejado mortalmente no interior da viatura, zona das Mangueiras, bairro T3
Outubro:
- 1 de outubro: Agente do SERNIC ("Pacule") ferido gravemente em tiroteio que matou duas pessoas atingidas por balas perdidas
- 24 de outubro: Leonor Inguane, Comandante Distrital de Marracuene, assassinada
Padrão Preocupante
Os assassinatos apresentam um padrão alarmante:
- Uso de armas de guerra (AK-47, metralhadoras)
- Execução profissional e coordenada
- Alvos específicos (comandantes e investigadores)
- Fuga organizada sem confronto
- Zero pistas sobre os autores
PRM Sem Pistas
Até ao momento, a Polícia da República de Moçambique não tem pistas sobre a identidade nem a localização dos perpetradores destes crimes.
"A corporação está a investigar o caso e apela à colaboração da população para denunciar qualquer informação que possa levar à identificação e captura dos criminosos", declarou fonte da PRM.
Renamo Critica "Estado Falhado"
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), partido com assento parlamentar, reagiu rapidamente ao assassinato com duras críticas ao Governo:
"Num Estado falhado, a insegurança não escolhe farda! Quando até os que deveriam garantir a ordem estão vulneráveis, o cidadão comum caminha sozinho, sem amparo, entre o medo e a incerteza."
O partido político tem aproveitado cada assassinato de polícias para questionar a capacidade do Governo de garantir segurança pública.
Matola: Epicentro da Violência
A Matola, município nos arredores de Maputo, tornou-se o epicentro desta onda de violência contra agentes da lei:
- Pelo menos sete eventos violentos desde junho
- Uso sistemático de armamento pesado
- Crimes executados em plena luz do dia
- População em clima de medo
Terrorismo Urbano ou Crime Organizado?
Especialistas em segurança dividem-se sobre a natureza destes crimes:
Hipótese 1: Crime Organizado
- Eliminação de agentes que investigam redes criminosas
- Intimidação a forças de segurança
- Demonstração de poder
Hipótese 2: Terrorismo Urbano
- Desestabilização proposital
- Criação de clima de insegurança
- Ligação a grupos extremistas
Hipótese 3: Conflitos Internos
- Vinganças pessoais ou profissionais
- Disputas dentro das corporações
- Corrupção e acerto de contas
Perfil da Vítima: Leonor Inguane
A Superintendente Leonor Inguane desempenhava as funções de Comandante Distrital da Polícia em Marracuene, um dos distritos mais desafiadores da província de Maputo.
Como comandante distrital, Inguane era responsável por:
- Segurança pública no distrito
- Coordenação de operações policiais
- Investigações criminais locais
- Gestão de efectivo policial
Fontes próximas descrevem-na como uma profissional dedicada e rigorosa no cumprimento do dever.
Reação do Ministério do Interior
O Ministério do Interior ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assassinato, mas fontes internas revelam que uma reunião de emergência foi convocada para avaliar a situação e definir medidas de proteção para comandantes policiais.
Medidas de Segurança Reforçadas
Após este quinto assassinato, a PRM estaria a considerar:
- Escolta armada para comandantes distritais
- Alteração de rotas e horários
- Uso de viaturas blindadas
- Sistema de rastreamento GPS
- Protocolos de segurança reforçados
População em Pânico
Moradores da Matola e arredores expressam medo crescente:
- "Se matam polícias, o que fazem a cidadãos comuns?"
- "Estamos reféns na nossa própria cidade"
- "O crime está a vencer o Estado"
Armas de Guerra nas Ruas
A utilização sistemática de armamento militar (AK-47, metralhadoras) levanta questões graves:
- De onde vêm estas armas?
- Quem as fornece aos criminosos?
- Existem arsenais clandestinos?
- Há conluio com elementos armados?
Cabo Delgado Connection?
Alguns analistas levantam a hipótese de ligação com o conflito em Cabo Delgado:
- Armas provenientes do norte
- Táticas militares similares
- Possível financiamento a grupos do sul
- Desestabilização em múltiplas frentes
Impacto na Moral Policial
Estes assassinatos consecutivos têm impacto devastador na moral dos agentes:
- Medo de represálias
- Hesitação em investigações sensíveis
- Pedidos de transferência
- Reformas antecipadas
Famílias Enlutadas
Leonor Inguane deixa família enlutada e comunidade policial em choque. A corporação presta condolências mas não consegue garantir segurança aos próprios agentes.
Investigações Sem Resultados
Apesar de múltiplas investigações abertas desde junho, nenhum dos crimes foi esclarecido:
- Zero detenções
- Zero suspeitos identificados
- Zero armas apreendidas
- Zero julgamentos
Especialistas Alertam
Peritos em segurança alertam que Moçambique enfrenta uma crise de segurança urbana sem precedentes e que a incapacidade de proteger próprios agentes da lei representa um colapso institucional preocupante.
Comparação Regional
Moçambique destaca-se negativamente na SADC:
- Taxa de resolução de crimes em queda
- Assassinatos de polícias em alta
- Criminalidade organizada crescente
- Confiança pública em baixa
Próximos Passos
Espera-se que nas próximas horas:
- Ministro do Interior se pronuncie
- Reforço de segurança em Marracuene
- Operações policiais intensificadas
- Possível estado de alerta na Matola
Apelo às Autoridades
Organizações da sociedade civil apelam ao Governo para:
- Investigações sérias e eficazes
- Proteção aos agentes da lei
- Combate ao crime organizado
- Transparência nos resultados
Funeral Previsto
O funeral da Superintendente Leonor Inguane deverá realizar-se nos próximos dias, com honras policiais e presença de altas patentes da corporação.
Conclusão
O assassinato da Comandante Leonor Inguane marca mais um capítulo negro na escalada de violência contra forças de segurança em Moçambique.
Enquanto os criminosos agem com impunidade, a população questiona: Se os guardiões da lei não estão seguros, quem protegerá os cidadãos comuns?
A resposta do Estado a esta crise determinará se Moçambique consegue reverter a maré criminosa ou se assistirá ao colapso da segurança pública nos arredores da capital.
Descanse em paz, Superintendente Leonor Inguane. 🕯️
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Categoria: NACIONAL | Segurança Data: 26 de Outubro de 2025
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