Lula Condena Violência e Pede Investigação Após Megaoperação Policial com Mais de 130 Mortes no Rio de Janeiro

ONU manifesta preocupação e exige apuração imediata sobre o uso da força durante a maior operação policial da história do Brasil


Brasília – 28 de Outubro de 2025 — O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou nesta quarta-feira a sua indignação com a violência e o domínio do crime organizado, após uma megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de 130 mortes e 81 detenções. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação urgente sobre a actuação das forças de segurança.

A operação, considerada a mais letal da história do país, envolveu cerca de 2.500 agentes das polícias civil e militar e teve lugar nos complexos da Penha e do Alemão, duas das maiores comunidades do Rio de Janeiro, na última terça-feira (27).

Segundo as autoridades estaduais, a acção teve como objectivo combater o tráfico de drogas e o crime organizado, que controlam vastas áreas urbanas da cidade. No entanto, o elevado número de mortos — entre eles moradores e suspeitos — levantou fortes críticas de organizações de direitos humanos.

Reacção do Presidente Lula

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Lula da Silva afirmou que “não se pode aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores, espalhando drogas e violência pelas cidades”.

O presidente defendeu ainda a necessidade de um trabalho coordenado entre as forças de segurança, capaz de atingir a espinha dorsal do tráfico, mas sem colocar inocentes em risco.

Governo Estadual Defende Acção

Apesar das críticas, o governo do Estado do Rio de Janeiro fez um balanço positivo da megaoperação, alegando que a acção foi necessária para restaurar a segurança pública e enfraquecer o poder das facções criminosas.
As autoridades lamentaram a morte de quatro agentes policiais durante o confronto.

ONU e Organizações de Direitos Humanos Reagem

A ONU, através do seu Alto Comissariado para os Direitos Humanos, e várias organizações civis brasileiras expressaram preocupação com o número de vítimas e exigiram uma investigação imediata e transparente sobre o uso da força policial.

O caso reacende o debate sobre a segurança pública no Brasil, o uso excessivo da força policial e o equilíbrio entre o combate ao crime e a protecção dos direitos humanos.

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